Programa REBIMAR e outros 22 projetos patrocinados pela Petrobras mobilizam voluntários para as ações do Dia Mundial de Limpezas de Praia
Anualmente o terceiro sábado do mês de setembro é o dia em que pessoas de todo o Planeta se unem em um grande mutirão para celebrar o Dia Mundial da Limpeza de Praias, e o Litoral paranaense fez parte desta corrente com uma ação realizada em Pontal do Paraná, no Balneário Ipanema. Se em todo mundo o 21 de setembro foi o dia marcado em 2019, a equipe do Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha (REBIMAR) foi obrigada a se juntar ao esforço mundial com 7 dias de atraso, devido às fortes chuvas que se abateram sobre a região litorânea do Paraná. Mas a missão foi cumprida!
Além do REBIMAR, outros 22 projetos com a parceria com a Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental coletaram diversas toneladas de resíduos em praias brasileiras do Pará ao Rio Grande do Sul. Além da coleta e destinação correta do lixo, a ideia é mobilizar voluntários e disseminar informações sobre os cuidados com o meio ambiente.
O Dia de Limpeza de Praias foi proposto pela ONG norte-americana Ocean Conservancy, em 1986. Desde então, passou a ser um evento mundial, e que ganhou força em todo o globo com o evento chamado World Clean Up Day, o qual tem o apoio da Organização das Nações Unidas, e diversas instituições do primeiro, segundo e terceiro setor. Em Pontal do Paraná, a coordenação das atividades ficou a cargo do Programa REBIMAR e a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente de Pontal do Paraná.
A ação do próximo sábado em Pontal do Paraná foi aberta ao público, e teve início no acesso à praia em frente à Avenida São Luiz, no Balneário Ipanema. Antes de iniciar a atividade, os organizadores do evento realizaram uma palestra sobre a importância da forma correta do descarte de resíduos e os riscos que esses resíduos causam ao ecossistema. Junto às atividades de Educação Ambiental também este o espaço marinho itinerante do REBIMAR, o qual o leitor já viu na última edição do Coluna d’Água, com exemplares da biodiversidade marinha e uma exposição de resíduos sólidos que são descarregados nos oceanos.
Mais do que recolher os resíduos nas praias, o objetivo principal da atividade foi despertar a sensibilização da população em relação à proteção e preservação do meio ambiente, o impacto do lixo marinho sobre a biodiversidade marinha e costeira, além da responsabilidade da sociedade quanto aos resíduos que são gerados todos os dias. A ação vai em encontro aos objetivos do Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar. Segundo Robin Loose, coordenador do Programa REBIMAR, a ação foi fundamental para mobilizar as pessoas a favor de um bem comum. “Unimos não apenas a população do Litoral, mas também pessoas de diversos municípios, que utilizam o litoral do Paraná como destino em suas atividades de lazer”.
REBIMAR
O Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha (REBIMAR), é um conjunto de ações socioambientais que têm como base a utilização de Recifes Artificiais para auxiliar a recuperação da biodiversidade marinha e dos estoques pesqueiros em locais que sofreram impactos antrópicos. Desde que instalados em locais adequados, essa iniciativa é benéfica tanto para pescadores artesanais, que têm potencial incremento e diversificação de pescados, quanto para os ecossistemas marinhos, devido ao aumento da biodiversidade nos locais onde os recifes são instalados.
O REBIMAR foi iniciado em 2008, a partir da emissão da primeira licença do IBAMA para a instalação de Recifes Artificiais no litoral paranaense. Hoje, 11 anos depois de seu início, o REBIMAR ainda é o único projeto a obter este documento, obrigatório para projetos de instalação de recifes artificiais em todo o Brasil. A instalação foi pautada em robusta avaliação técnica de forma a obter ganhos ao meio ambiente e evitar impactos em locais conservados.
Desde 2010 com patrocínio da Petrobras por meio do programa Petrobras Socioambiental, o projeto atualmente ampliou as ações de conservação e recuperação de espécies ameaçadas da biodiversidade marinha e seus habitats na região costeira e marinha do Paraná e de São Paulo, além de monitorar os ganhos ambientais dos recifes artificiais instalados no litoral paranaense.
