No último sábado, dia 30 de janeiro, foram realizadas novas atividades referentes ao Projeto BioGeo, no Parque Nacional Marinho das Ilhas dos Currais. Este projeto, realizado pela MarBrasil com o suporte do LoGeo (Laboratório de Geologia do Centro de Estudos do Mar da UFPR) e financiamento da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, tem o objetivo de realizar pesquisas sobre a biogeodiversidade do PARNAMAR Currais.
Nesta união de temáticas científicas, o BioGeo realiza estudos biológicos com foco na fauna bêntica (espécies marinhas que vivem associadas ao fundo marinho), assim como estudos geológicos nos sedimentos, feições de fundo e formações rochosas.
Para esta atividade, a equipe de pesquisa do projeto foi formada pelo professor Rafael Metri, da Unespar (coordenador de fauna bêntica séssil); o professor de computação da UEPG e fotógrafo profissional, Idomar Cerutti; o biólogo e consultor técnico em biologia marinha, Ariel Scheffer; além de Robin Loose, coordenador de mergulho científico do projeto. Com licença apropriada para a atuação no PARNAMAR Currais, os pesquisadores coletaram apenas imagens, sem interferência na vida marinha.
Segundo Robin Loose, o objetivo desta atividade é formação de um banco de imagens, sendo que este recurso servirá como base para a confecção de um catálogo de invertebrados marinhos que habitam o PARNAMAR Currais: “Contamos com a presença do Idomar Cerutti, que é um fotógrafo especialista em imagens subaquáticas, para fazer a captação de fotografias em alta qualidade para gerarmos este banco de dados”.
Outra ação realiza pelo BioGeo nesta ocasião foi a caracterização da fauna bêntica em transectos predeterminados. “Esticamos uma trena com 50m de comprimento a partir da parte mais rasa do costão da ilha, no qual coletamos imagens fotográficas de espécies nativas, mas também de espécies exóticas ou invasoras, podendo avaliar a ocorrência destes seres no Parque Nacional Marinho”, disse Loose.
Com estas atividades, será possível realizar uma caracterização inédita do fundo marinho da área do PARNAMAR Currais: “A integração de dados geomorfológicos com os dados biológicos, possibilitará o aumento da confiança dos tomadores de decisão em relação a definições de estratégias para a conservação do Parque Nacional Marinho dos Curras”, concluiu o mergulhador.