Matéria: Gabriela Perecin
Jornalista Responsável: Vinicius Araujo (DRT 6918/PR)
Na última terça-feira, dia 8, a equipe do componente de Socioeconomia e Pesca do Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha (REBIMAR), esteve no Balneário de Vila Nova, em Pontal do Paraná, para o início da montagem das bandeiras de sinalização dos recifes artificiais. A atividade contou com a ajuda e experiência de pescadores da região.
No Informe em Vídeo do REBIMAR você pode conhecer as bóias de sinalização dos recifes artificias e também conferir imagens da instalação dos equipamentos:
A forma encontrada para sinalizar a localização das instalações é benéfica, principalmente, para os pescadores, que poderão pescar com maior segurança nas proximidades dos recifes artificiais. “Com a sinalização dos pontos de recife sabemos a distância onde se pode soltar a rede para não perder material”, relata Fernando Ronahak, pescador há 16 anos.
Segundo Alexandre Arten, Técnico em Socioeconomia e Pesca da Associação MarBrasil, além da sinalização dos recifes por bandeiras, há mais duas formas de localização das estruturas. “A primeira é através das coordenadas geográficas, que estão sendo divulgadas pelo Programa. A segunda é a divulgação das “visadas”, ou “marcações”, utilizadas pelos pescadores para identificar o local. Trata-se de um sistema baseado na combinação de pontos no horizonte e que já é tradicionalmente utilizado pelos pescadores para se orientar durante suas atividades”, explica. Esse é mais um exemplo do compromisso do REBIMAR em trabalhar na mesma linguagem, e em parceria com os pescadores.
Poucos meses após a instalação, a comunidade pesqueira já sente uma das melhorias que a iniciativa pode trazer, como o aumento na diversidade de espécies e quantidade de peixes. Segundo Fernando, seu trabalho melhorou muito após a instalação dos recifes artificiais do REBIMAR. “O robalo era um peixe que tinha sumido, e hoje, em torno dos recifes, há muita população de robalo. Além da pescada branca, do peixe-porco, da salteira, da garoupa e do badejo que tem aparecido mais”, relata Ronahak.