Jornalista Responsável: Gabriela Perecin (DRT 8968/PR)
De 29 de abril a 1 de maio, Camila Domit, pesquisadora do CEM/UFPR (Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná) e vice-presidente da Associação MarBrasil, esteve na Base do Projeto TAMAR na Praia do Forte, Bahia. Na ocasião, foram discutidas parcerias em trabalhos para a conservação de tartarugas marinhas no Paraná.
O experimento pode ajudar na elaboração de um protocolo. (foto: Camila Domit) |
Junto com a equipe do Projeto Tamar a pesquisadora participou de um experimento envolvendo metodologias de rastreamento por satélite de tartarugas juvenis. Foram testados tipos de fixadores em seis animais, sendo três tartarugas-de-pente e três tartarugas-verde, que não sejam tóxicos e que melhor se adaptam às tartarugas juvenis, que possuem entre 30 e 50 cm de comprimento de carapaça.
Estes fixadores sustentarão transmissores que enviam por satélite a posição geográfica dos animais, assim como outras informações do ambiente. “Quando fixados nos animais em ambiente natural, será possível dizer quais as áreas de ocorrência da espécie, onde elas passam mais tempo e suas rotas de deslocamento. O objetivo é conhecer mais sobre as tartarugas juvenis e colaborar com ações de manejo e gestão costeira para redução de impacto”, conta Camila Domit.
Da esquerda para a direita, Alexssandro (TAMAR), Camila Domit (MarBrasil), Adriana Jardim (TAMAR), Neca Marcovaldi (TAMAR) e Yonat Swimmer (NOAA) |
O Projeto Tamar, que há 33 anos trabalha com tartarugas marinhas no Brasil, além de um espaço para sensibilização e educação ambiental, disponibiliza também um espaço de apoio às pesquisas, como o ocorrido.
A parceria entre a organização e o Projeto Tamar tende a se fortalecer quando a segunda fase do REBIMAR (Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha), realizado pela MarBrasil, que está em fase de renovação, entrar em vigor. Nesta nova etapa está inclusa a pesquisa com tartarugas-verde, que poderá gerar mais informações sobre a espécie, a sua ocorrência no litoral do Paraná e quanto aos impactos que ameaçam a sua conservação.
“Os resultados dos testes vão auxiliar a elaboração de um protocolo para o nosso e outros projetos que desejam utilizar este tipo de transmissor em tartarugas juvenis, o que aumenta as chances de obter bons resultados em campo”, finaliza Camila.
O Projeto Tamar, assim como o REBIMAR, é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental.