O foco do Projeto Data Symbion é a busca por soluções tecnológicas. Estando a ideia centrada na integração de ciências relacionadas ao armazenamento, transmissão e processamento de informações desenvolvendo assim soluções para gestão e para conservação da natureza. A partir destas premissas, o objetivo será desenvolver uma metodologia (sistema) de banco de dados centralizado. Estará voltado ao monitoramento ambiental portuário que poderá ajudar na difícil tarefa de gerenciar áreas marinhas, com o importante desafio, que é tomar decisões para a conservação da biodiversidade.

Esta necessidade de integração de dados tornou-se evidente no Encontro Nacional Interdisciplinar em Ciência, Tecnologia e Sociedade, promovido pelo IFPR, no qual reuniram-se grande parte das empresas responsáveis pelos empreendimentos portuários, representantes do estado e a comunidade científica. Vislumbro-se a possibilidade da padronizar as metodologias, organizar e integrar as informações em um sistema que possibilitasse análises sinérgicas entre a biodiversidade e os múltiplos impactos ambientais.

Apesar de existirem iniciativas similares, como e.g., Banco de Dados Ambientais (BDA), uma parceria feita entre a agência nacional de petróleo (ANP), o IBAMA e empresas de prospecção sísmica e o Sistema de Informação de Monitoramento da Biota Aquática (SIMBA), parceria entre a Petrobras e a UNIVALI (Projeto de Monitoramento de Praias na Bacia de Santos), proporcionado o que órgão licenciador ansiava a décadas, estas possuem certas limitações.

Essas iniciativas têm funcionado com ressalvas, pois não consideram a biodiversidade na sua totalidade e apresentam apenas os dados brutos, sem ferramentas de análise, além de não aceitarem entradas de informações adicionais, provenientes de outros projetos ou monitoramentos. Desta forma, pretende-se utilizar num primeiro momento um recorte da biodiversidade (fauna do bentônica de fundos consolidados) para a criação dessa metodologia.

Resultados para a Conservação

O principal resultado para conservação será a possibilidade de avaliar os impactos sinérgicos das atividades portuários no ambiente marinho. Ou seja, a construção e uso de um banco de dados centralizado, mas com acesso multi-usuários, envolvendo não só as empresas portuárias, mas órgãos governamentais como IBAMA e ICMBio, poderá auxiliar na tomada de decisões para a gestão da baía como um todo. Além disso, os dados e informações disponíveis devem gerar subsídios para futuros trabalhos na área científico. Desta forma, num trabalho conjunto, envolvendo a gestão de empresas e novos conhecimentos poderá ser feito um manejo com práticas adequadas e precisas ligadas à conservação da biodiversidade.

Autorização Ambiental

No presente projeto os organismos já foram coletados e seus dados disponíveis. Além disso, a proposta está em concordância com as leis e normativas do monitoramento ambiental portuário, e.g. a Instrução Normativa ICMBio nº 05/09 (vinculada ao TCP). Mas, caso seja necessário novas coletas, as autorizações estão atreladas ao licenciamento de cada empreendimento. Não sendo necessário novas autorização para manipulação dos organismos, já que UNESPAR campus Paranaguá é fiel depositário do material.

Realização: Associação MarBrasil
Patrocínio: Fundação Grupo Boticário para a Conservação da Natureza
Apoio: Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Instituto Federal do Paraná (IFPR).