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Texto: Bruna Bronoski

Vida marinha é gravada durante trabalhos de campo dos pesquisadores do Rebimar e
imagens estão disponíveis para visualização

Câmera 360º em um Recife Artificial – Foto de Noeli Ribeiro

Uma câmera é mergulhada pela equipe do Rebimar a distâncias que variam de 18 a 28 metros de profundidade. Com rotação da lente em 360º, as imagens permitem ver o fundo do mar em todos os lados e direções.


As gravações no litoral do Paraná são resultado do trabalho de filmagem das saídas de campo
de pesquisadores do Rebimar, como oceanógrafos e biólogos.

O programa, que é patrocinado pela Petrobras e o Governo Federal, pretende levar as imagens para que estudantes e a população geral tenham acesso ao mundo marinho. Uma estrutura de uso de óculos de realidade virtual está disponível no trailer Rebimar, que visitará escolas.


Com os óculos é possível ter uma experiência de imersão no ambiente único, com registros feitos no Parque dos Meros, manguezal de Superagui, Ilha do Castilho e Parque Nacional Marinho das Ilhas dos Currais, além das duas balsas do Paraná, que ficam a 45 quilômetros à leste de Pontal do Paraná para dentro do oceano.


Segundo Marjorie Ramos, técnica do Rebimar, o projeto é mais uma iniciativa de educação ambiental. “Existem imagens subaquáticas de várias partes do mundo disponíveis online. Mas cada região oceânica é diferente, a fauna e flora, a coloração da água. Agora dá pra saber como é a vida marinha do litoral do Paraná”, conta Ramos.


De frente para a lente


Os registros são pouco familiares aos olhos de quem não mergulha com a frequência dos pesquisadores. Cardumes de diferentes peixes, raias, recifes de corais e algas são algumas espécies da biodiversidade marinha que são registradas pelas câmeras.


Um dos mais exibidos é o peixe-mero, conhecido como “rei-das-pedras”, por ser grande e ter a coloração de uma uma rocha. Podendo chegar a 300 quilos e 3 metros de comprimento, a espécie é ameaçada de extinção. Os meros ficam à vontade em frente às lentes do Rebimar.


Filmagem 360º

A tecnologia ajuda a produzir imagens subaquáticas pela invenção de câmeras mais leves e resistentes à pressão da água. No entanto, não é tão simples filmar a quase 30 metros de profundidade, afirma o
jornalista e responsável pela produção e tratamento das imagens, Gabriel Marchi. “É preciso ter uma
caixa-estanque robusta, mas que não atrapalhe a visão da câmera, já que nada se esconde de uma câmera 360º”, afirma Marchi. Ele explica que o grande objetivo do projeto é fazer com que o usuário dos óculos tenha a percepção de que é ele quem está no fundo do mar.


Para evitar o balanço das correntes marítimas, a câmera é amarrada a um peso de dois quilos. Assim, a pessoa é quem se movimenta e olha para a direção que quiser, e não a câmera. Segundo o mergulhador-cinegrafista, “esta é uma ótima oportunidade de usar as novas tecnologias para aproximar o fundo do oceano das pessoas”.


Escolas podem se inscrever neste formulário para receber a visita do Trailer Rebimar com a
novidade: https://docs.google.com/forms/d/1aLD6AqHXTLzdIBwLxMDLUJdpBuVnbve9gWJ_1OmpRYI/edit